Lazaro
caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta. Maria e Marta
mandou recado pedindo que Jesus fosse lá, pois Lazaro estava muito doente.
Jesus
ainda demorou por lá 02 (dois) dias. Depois disse que seu amigo Lázaro dormia e
devia ir lá para acordá-lo. Como seus discípulos não entenderem falou
claramente: Lazaro morreu e eu preciso ir lá para acordá-lo do sono da morte.
Jesus chegou lá e já havia 04 (quatro) dias que Lazaro tinha morrido.
Muitos
Judeus tinham vindo àquele local para
prestar condolências pela morte de Lazaro.
“Quando, porém, Maria chegou onde Jesus estava e o viu, lançou-se aos seus pés
e disse-lhe “Senhor, se estivesse estado aqui meu irmão, não teria morrido!"
Ao vê-la chorar assim, como também todos os Judeus que a acompanhavam, Jesus
ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção,
perguntou: Onde o puseste? Responderam-lhe: Senhor vinde ver. Jesus pôs-se à
chorar. Observaram os judeus: vede como ele o amava!”
O
texto é claro, estamos diante de um gesto de amor, de compaixão, de
misericórdia de nosso Senhor. Por que essa é a característica principal de
Jesus: Amar, acolher, libertar, curar, sarar.
Vivia
em função de cuidar das feridas da alma e do corpo das pessoas. Por onde
andava, Jesus doava amor, misericórdia, compaixão para com todos. Por onde
andava, quando servia, quando ensinava, quando pregava, quando curava, se doava em amor, caridade, misericórdia,
compaixão.
O
que mais fez foi “doar amor”. Amou, amou, até as últimas consequências. Amou à
rico e à pobre, ao povo Judeu e aos gentios, homens, mulheres, crianças. Aos
doentes, aos sofridos e aos pecadores. Não conheço ninguém que tenha se
encontrado com Ele, e que não tenha sido tocado, amado. Jesus nosso mestre, nosso
Senhor e Salvador, que nos acolhe, que nos socorre, que se sensibiliza com a
dor do próximo, que se compadece com os necessitados.
Compaixão
é um sentimento que é despertado em nós, pela infelicidade, pela dor e pelo
mal, do outrem. Ë sofrer com o outro e para o outro. É colocar-se
incondicionalmente ao lado do outro, sem qualquer julgamento. É solidarizar-se
com a dor do próximo.
Sentimento
que está totalmente fora de moda hoje, não é verdade? Estamos tão atarefados em
comprar, vender, possuir e fazer, que perdemos a sensibilidade para tudo. Não
conseguimos enxergar as dificuldades do próximo, ou quando enxergamos,
ignoramos. Só temos olhos para ver o
defeito dos outros, e as coisas ruins que faz. Quem é capaz de fazer o que
Jesus fez e que faz? Amar como Jesus amou? Se compadecer, como Jesus se
compadeceu? Deus que se compadece de seu povo, que se compadece de seus
escolhidos. Jesus não cativava as pessoas apenas com seus milagres, com suas
curas, mas muito mais com sua sensibilidade, sua maneira segura, afável, cheiro
de compaixão e misericórdia. As pessoas
se acotovelavam para chegar ao menos perto de Jesus, para poderem serem
tocadas por Ele.
Existem
grandes relatos nas sagradas escrituras sobre os gestos cheios de compaixão do
nosso mestre Jesus.
No
episodio da multiplicação dos pães ( Mt
14,14) Jesus viu uma numerosa multidão que o seguia, que atravessou desertos,
passou frio, chuva, moveu-se de compaixão por eles, e ali fez muitas curas,
porque foi sensível às necessidades daquele povo que o acompanhava.
São
Mateus, narra no capitulo 9, versículo 35, que Jesus percorria todas as
cidades, aldeias, ensinando, pregando o evangelho, curando de todo o mal e de
toda enfermidade, porque foi tomado de compaixão, pois via que as pessoas
estavam enfraquecidas, abatidas, como ovelhas sem pastor. Mais uma vez Jesus e
compadece do povo que sofre. Jesus se encontrava com sofredores, com
paralíticos, com cegos de nascença, os possuídos de demônios. As pessoas iam
até Ele, iam carregadas, mas também o próprio Jesus tomava a iniciativa de ir
até elas.
Vemos
o relato em LC 7,11 o episódio onde Jesus se encontra com algumas pessoas que
iam enterrar o filho único de uma viúva. Vendo o que acontecia, Jesus parou,
olhou para a viúva, e movido de compaixão disse: Não chores. Tocou o esquife e
o que estava morto, levantou-se.
Jesus
se sensibilizou por aquela mulher que estava perdendo seu filho único, que
estava em desespero, que estava desconsolada com a vida.
E
não importa o local, ou como está, Ele sempre se compadece de nós, do seu povo.
Na
cruz, com seu corpo totalmente desfigurado pelos açoites, pelos maltratos
recebidos, ainda teve tempo, ainda teve compaixão pelo seu povo.
A
face de Jesus estava coberta de hematomas.
Ele que havia curado cegos, agora tinha os olhos totalmente inchados
pelos açoites recebidos. Estava sem condições físicas e psíquicas para se
preocupar com os outros. Mesmo nesse estado, no auge do sofrimento, esqueceu-se de si mesmo, do seu sofrimento, e
não se esqueceu do seu povo. Sua compaixão não tem precedentes na história.
Estava falido, mutilado, as gotas de sangue vertiam do seu corpo, as
dores o atormentavam, estava cada vez mais difícil de respirar e de falar, e
mesmo assim não deixou de pensar em nós. Lá do alto, olhou para o chão e viu
João e disse: “Eis ai sua Mãe...Deixou a
mãe, para nós ajudar a caminhar nesta vida, cheia de dificuldades. Sabia que
iríamos precisar de ajuda, não nos deixou órfãos.
Que
amor, que compaixão! Ainda foi capaz de interceder por nós junto ao Pai: “Pai
perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”.
E
Jesus chora! Importa-se conosco, se importa com o seu povo. Se junta a nós, à
nossas dores, nossos sofrimentos.
Jesus
continua chorando, porque Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre. Chora porque vê
o sofrimento dos seus pequeninos. Chora porque vê os pequeninos passando por
dificuldades, cheio de feridas. Ele se comove com a humanidade, Ele se
solidariza com todos. Chora com os que choram, sofre com os que sofrem. Chorou
com Maria e seus familiares. Confortou, deu força, animou, levantou.
Não
chorou porque teve medo, igual a nós, porque Ele sabe que tem o poder de
modificar e mudar qualquer situação, como mudou, mas chorou porque se
sensibilizou com as dores, com o sofrimento daquela família.
Somente
uma pessoa pode fazer isso, somente Jesus tem tamanha compaixão, tamanha
misericórdia. Ele se compadece, ele se sensibiliza conosco, porque é movido por
uma vontade imensa de amar, amar, amar. Doou-se
por inteiro, seu corpo, sua vida, seu sangue para morrer por nós, numa cruz,
para nós trazer vida nova, vida de filhos de Deus verdadeiramente.
Ele nos ama com amor
infinito, amor eterno por cada um de nós, e por isso, é capaz de se aniquilar
numa cruz, por minha causa, por sua causa. . Glórias a ti Jesus. Amém
Abril/ 2013- Espoti
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